No dia
2 de maio foi o aniversário de morte do Educador
Paulo Freire. Ele morreu aos 75 anos, em decorrência de um infarto agudo do miocárdio em 1997.
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, no dia 19 de setembro de 1921.
Na sua infância vivenciou a pobreza e a fome durante a
depressão de 1929.
Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da Indústria) e no Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife.
Como educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o
existencialismo cristão, a
fenomenologia, a
dialética hegeliana e o
materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias,
Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária
(ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro:
Pedagogia do Oprimido (1968).
Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas
(CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência.
No final de 1971,
Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.
Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra:
Pedagogia da Esperança (1992) e
A Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.
Freire teve cinco filhos com a professora primária
Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna,
Ana Maria Araújo Freire,
com ela viveu até morrer.
Doutor Honoris Causa por 27 universidades,
Freire recebeu prêmios como:
Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e
Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).
Paulo Freire desenvolveu mais do que um prática de alfabetização, uma pedagogia critica libertadora. Em sua proposta , o ato de conhecimento tem como pressuposto fundamental a cultura do educando, não para cristalizá-la, mas como
“ponto de partida” para que ele avance na leitura do mundo, compreendendo como sujeito de suas próprias ações. É através da relação dialógica que se consolida a educação como prática da liberdade.
Para saber mais sobre a sua obra, entre neste link:
http://www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire/
Fonte: Uol Educação.